quarta-feira, 17 de maio de 2017

Get me away from here, I'm dying

Don't come closer, or I'll have to go
Holding me like gravity are places that pull
If ever there was someone to keep me at home, 
It wouldn't be you

Everyone I come across in cages they bought
They think of me and my wandering
But I'm never what they tought
I've got my indignation
But I'm pure in all my thoughts
I'm alive

Aquela sensação de estar no meio do oceano a quilômetros de casa em plena segunda-feira, às duas horas da tarde. Ouvindo sua própria respiração e inundando os olhos de raios solares perdidos entre falésias. Sentindo cheiro de maresia.
Aquela mesma sensação de estar num barco ancorado no meio do nada, onde tudo é azul e o céu se confunde com as águas. À sua volta, onde quer que você olhe, só é possível ver mar e gaivotas no alto. O sol esquentando a pele e o sal libertando a alma. 
O mergulho.
O fundo do mar.
O fundo do âmago.
A minha essência.
A respiração debaixo d'água, como se tivesse guelras, como se possuísse escamas. 
Eu realmente acredito que em algum momento comecei a evoluir, houve um tempo em que cada vez mais era difícil sair do mar, e quanto mais eu ia, mais eu ficava e menos de mim voltava.
Acontece que eu voltei pra terra firme e meu coração ficou no mar.
Eu nunca mais voltei pra casa e meu coração ficou pra trás, onde eu devia estar. 
Eu abandonei o meu lar e carrego um corpo vazio, vagante. Como quem perde o rumo de casa e permanece errante, sem nunca encontrá-lo.
A verdade é que a âncora nunca me prendeu. Sempre me libertou.
Me afastei do meu barco a vela, meu leme parou.
Meu sol escureceu.
O céu borrou a cor.
Consider me a satellite forever orbiting.
Eu preciso me sentir livre novamente.
Eu preciso sentir meu coração bater.
Preciso sentir que estou viva.
Leave it to me as I find a way to be...

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